domingo, 28 de agosto de 2016

fica mais hoje.
fica
mais
mesmo que o ontem bata na tua porta. e o amanhã te faça querer enfiar o dedo na goela e me vomitar, até as minhas digitais na tua epiderme. eu não sou expert em matéria de fazer morada. eu deixo o café esfriar e depois tenho que colocar na panela e esquentar de novo. e não, isso não é uma metáfora que eu vá deixar a gente diluir em banho maria. quer dizer que eu sou atrapalhada. que eu tropeço em mim mesma as vezes. e tampouco sei se tô indo bem. mas anda devagar, vai, ou finge que ta indo rápido, só que contando os passos, e olhando de canto de olho esperando meus pés te alcançarem antes de chegar no portão. eu quero te enxergar além do céu da boca. abraçar teu inferno astral, e acolher. te suturar nas minhas veias

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