domingo, 14 de setembro de 2014

Preciso me sentir completa, mais nem sempre a vida social agitada me proporciona isso. A verdade é que, na maioria das vezes, me sinto melhor sozinha do que acompanhada. Acho que o que eu preciso é me sentir em paz comigo mesma, algo como encontrar o que eu sempre procurei ou simplesmente saber aonde está meu ponto de equilíbrio para assim ficar tranquila, para assim ter forças e seguir em frente.
A história da minha vida é um conto de fadas alterado. Nunca tive os pés no chão. Ah, pra quê, não é mesmo? Esse mundo em que vivemos é muito feio e como eu nunca pude olhar para dentro de mim e amar a essência da minha alma, sempre me pareceu mais cômodo criar um mundo surreal, um mundo só meu, em que só entraria quem eu quisesse e não existiria tristeza. Só assim eu consigo levar a vida. Porque na verdade não a levo, eu a sonho. Não sei se seria forte o suficiente para viver de olhos abertos e pés no chão. Não sei se meus medos falariam mais alto do que a minha vontade de conhecer as coisas, as pessoas. Nesse conto de fadas alterado, eu era a princesa linda… Ela representava a pessoa que sempre quis ser e nunca consegui. No conto, também havia um chão feito de pedaços de céu e eu podia repousar nas nuvens, numa tarde de céu cor de rosa, banhado de amor e ilusões. Onde eu me sentia livre, longe de todas as preocupações, longe de tudo que me fizesse triste. Tinha tantos sonhos, tantos planos… O inventei e acreditei, era feliz e não me importava com que vinham a pensar. Alguns me chamam de louca e eu os digo ” Não sou louca, apenas sonho”. Com um mundo melhor, com pessoas honestas, sem fome, sem preconceito, entre tantos outros desejos. Tanta coisa pra se preocupar, tanta coisa pra fazer e vocês preocupados com os outros. É errado sonhar? Desejar um mundo melhor? Se cada um fizesse sua parte, com certeza teríamos um mundo muito melhor. Se estou sonhando é porque a realidade é assombrosa. Não me julgue sociedade…vocês já não acham que é o suficiente me pressionarem, para me forçar a viver um sonho ao invés da minha própria vida?
Obrigado por entrar e sair sem deixar nenhum resquício de você dentro de mim. Na maioria das vezes as pessoas costumam partir e deixar partes, marcas dolorosas, feridas difíceis de cicatrizar, fazem todo o esforço para abandonar em pedaços o coração que o abrigou, esse egoísmo natural de querer deixar estragos para que outro tenha a tarefa árdua de remendar o que foi quebrado. Mas você foi sutil ao sair como se não tivesse a menor intenção de machucar.
Existem dois tipos de amigos: Aqueles que são para resenha, os de baladas, aqueles de curtição. E tem aqueles que são amigos para todas as horas, aquele que você sabe que pode contar em qualquer momento da sua vida, o que se preocupa com você e faz sentir-se especial.
Esse segundo amigo é uma raridade, chego a ter minhas dúvidas se ele realmente existe. Ah mais deve ser porque eu não tenho um, mas, caso você tenha, por favor, cuide dessa pessoa, valorize-o, pois tem pessoas que dariam tudo que tem pra ter um amigo desses.
E no final das contas é assim mesmo, sempre temos que abrir mão de algo para esquecer ou superar o que não nos faz bem. Deixar de ouvir uma determinada música, não ler mais aquele livro, esquecer aquela frase que decifrava o que sentíamos, deixar de fazer aquela sobremesa ou até mesmo deixar de visitar aquele lugar que significava muito para nós. Deixamos um pouco de nós em muitas coisas e nos esvaziamos para que no final não sejamos mais preenchido