quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sempre saudades

Bateu saudade. Não sei de quê, não sei de quem, só sei que deu muitas saudades. Saudades dessas que a gente desconhece. De tudo de bom que já aconteceu um dia na vida. 
Dirigindo à noite, a chuva batendo no vidro, o limpador fazendo sua dança na frente dos meus olhos com seus passos iguais e simétricos, Marcelo Camelo melodiando no rádio, e o coração apertando de saudade. O corpo ansiando por um abraço apertado e verdadeiro, um colo, um cafuné, um par de pés a mais na cama para esquentar os meus dois gelados...
Uma saudade já bem conhecida, vinda de longe, de vidas passadas, de sonhos perdidos, de um mundo que não existe mais. Coisas que passam, mas deixam a saudade sempre perto, sempre nítida... Sempre a sensação que falta alguma coisa. A sensação de que o que passou foi melhor do que tudo o que está acontecendo no momento. E daqui um tempo, o que está acontecendo vai doer saudades do mesmo jeito das que doem hoje do que já passou. Pensamentinho confuso, sentimento meio inútil essa tristezinha dolorida do que já foi, ou do que ainda vai acontecer. Estranho sentir saudade do que não existe. Estranha essa vida cheia de coisas...

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