sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

- A chuva cai lá fora


A chuva cai lá fora refrescando o ar quente dos dias anteriores, eu me vejo deitado observando cada gota que escorre pelo vidro de minha janela. No silencio da noite, apenas com um suave gotejar e o uivo do vento, me perco em memórias. Me pergunto o que tenho feito desde que você se foi, a incógnita me retira um bom tempo e acabo sem uma resposta que me faça entender verdadeiramente. Caio no sono, tenho pesadelos horríveis com nós, acordo gritando o seu nome; para quem? Para o vazio? Estou sozinho.
                Perco o sono e volto a pensar, imagino nós dois, em um tão sonhado encontro, em um beijo, em uma noite de amor. Um lagrima percorre meu rosto, e se desmancha no travesseiro em que minha cabeça se encontra. Vejo essa cena se repetir, a vontade é maior que a capacidade de tornar real. Eu sei que estou me iludindo, ilusão essa que já não é novidade para mim, todos sabem.
                Me pergunto como você está, se está bem, com quem está, me preocupo. As ultimas noticias que tive sobre você não foram das melhores, me deixaram ainda mais transtornado. O que fazer? Como te ter novamente se a tua vontade não é estar por aqui? Como ser feliz, se a minha felicidade é você, e aqui você não está? Eu espero que você esteja bem, com quem quer que seja, que seja feliz. Se eu não pude lhe dar o que você precisava, encontre alguém que faça isso em meu lugar. Espero que Deus faça com que você siga o caminho certo, um caminho que te leve a um amor, mesmo que este não seja o meu.
                Após muitas lagrimas caírem de meus olhos, abro um sorriso de canto e olho por entre a minha janela, por entre a chuva; e mesmo sem você perceber, estou ao seu lado, em vontade apenas, dou-lhe um beijo, como um ultimo adeus.

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