terça-feira, 27 de novembro de 2012


Toda vez que tomo um sacode na minha saúde por vezes tão frágil, lembro desse texto da Cris Carvalho... ele remete à fé, à força que cada um de nós temos de forma nata, inerente, que vem à tona nessas horas tão complicadas que desestabilizam, tiram o prumo e testam nossos limites...
Do que me move.

Outro dia a mãe lembrou da Cláudia, amiga que cresceu na minha rua. Disse que, aos sete, oito anos, ela teve que passar por uma cirurgia do coração e eu, da mesma idade, rezava todos os dias, no quarto, pedindo a Deus que C
láudia melhorasse. Cláudia viveu, e eu, toda alegrinha, fui correndo contar aos outros que as minhas rezas a tinham curado.

Certamente não me lembro dos detalhes, das falas e da empolgação, mas minha mãe contando, fez lágrimas brotarem. Que fé bonita era a minha. Eu só colocava nas mãos de Deus e acreditava.

Deu vontade de percorrer o caminho de volta do passado, só para trazer a fé de lá. (...) Em que parte da vida ficou perdida a minha fé?

Mês passado, Cláudia foi parar no hospital novamente, seu estado era grave. Enquanto todos se acabavam em lágrimas, eu entrei no quarto e rezei, era o que eu podia fazer. Naquela hora, eu sabia que seria atendida, porque a vó sempre dizia que, se é o bem de outra pessoa que se pede em oração, o pedido chega a Deus na mesma horinha. Jamais é esquecido o pedido que se faz de coração.

E Cláudia voltou a sorrir. Do ventre dela nasceu uma menina cheirosa. Só pra lembrar que a gente deve seguir acreditando.

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